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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A conversa com o coração


O devaneio se transformou em solidão. O amor finge que ama. A dor diz ser passageira. A utopia já se camuflou nesse coração vermelho. Sorte sua coração, que ainda não perdeu o seu vermelho , poderia ser opaco e oco já pensou?
Não foi dessa vez que o pessimismo venceu o amor. Confesso que ocorreu um empate no primeiro tempo , mas depois o coração fez uma jogada mirabolante e decisiva. Sorte sua, meu caro coração. Sorte.
Não foi dessa vez, que o coração vermelho se transformou em um coração borrado e sem vida. Ele bate ainda. Ele bate pelo o amor próprio e por amor a vida.
Talvez a solidão finge que ama. Eu sei. Talvez o amor é impróprio para maiores de 20. Ou talvez ou amor é apenas o amor. É apenas Julieta sem Romeu ou Heathcliff sem Catherine. É. O coração gosta de sofrer por coisas épicas. Mas eu já disse pra ele que as cantigas de amor e de amigo ficaram lá atrás , quando o amor era vassalo ainda , mas  ele insiste em ficar nesse cenário medieval citando poesias e declamando sentimentos. Pobre coração não sabe deixa de ser obsoleto! Sofrimento não rima contigo coração. Confie em mim. Rima com gratidão, admiração, celebração....mas não com dor e lágrimas. Enfiou isso na sua cabeça? quer dizer, enfiou no coração?.
Espero que sim ,porque amor sem amar não existe. Fica a dica!


sábado, 26 de janeiro de 2013

As peças do caminho



A infância espera a responsabilidade e a adolescência deseja a autonomia. Vontades e experiências são pilares dessa vida fragmentada , a qual tem o tempo como limitante.
A curiosidade e a simplicidade são marcas da criança que tem a fantasia como foco. A responsabilidade não pertencente ao dicionário infantil é vista apenas como uma construção dos pais para com os filhos. Afinal , o mundo dos contos de fadas não pode censurar o respeito e a disciplina , devida ao fato , de ainda não ter conquistado a responsabilidade
É nesse contexto de construção que surge o fruto da criança romantizada:o adolescente. Caraterizada por ser uma fase contraditaria , onde é situada uma saudade do passado e uma ansiedade do futuro. Paradoxos é a figura da vida desse jovem , de tal modo que oscile entre as depressões hiperbólicas e os eufêmicos dramas. Dessa forma, a autonomia é um presente e fim da contradição da juventude , porém não das contrariedades da vida adulta.
Embora , a sociedade afirme opiniões e discursos sobre a melhor fase da vida, o ato de construir uma vida já é a melhor fase. A simplicidade e os paradoxos são marcas e frutos da construção da maturidade e do clímax humano. Isto é, fragmentar a existência não é organizar e etiquetar as fases mais sim visualiza-las como um alegoria indispensável na formação do homem
Portanto é conveniente entender que as pessoas e suas matrizes são experiências contribuintes para as descobertas e virtudes conquistadas , pois as fases tem o seu maior significado , quando entendida juntas.

O que acharam?
 comente



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Você já viveu hoje?


Como anda a vida? andando , correndo, escalando ou voando.? Parece que todas essas formas gerundianas é uma assertiva de como as vezes nós tornamos protótipos desse tempo que não é rápido. Porque lento são apenas as palavras. Se não quer esperar . Então foge leitor . Assuma quem você é. Chega de desculpas e dizeres que você diz ser ideologias. Não perca tempo, achando que a sua vida é curta. As vezes de tanto correr por ela, ficamos cansados e perdemos os pés , a cabeça , e principalmente a lucidez. Pergunto : Você já viveu hoje?
O nosso foco é apenas uma extremidade desse desejo repentino . Afinal, queremos tudo .Queremos viver a vida intensamente. Queremos ser grande , mesmo que ainda o caráter seja pequeno. Queremos viver mas não na presença da vida.
Entenda somos seres a qual conhece apenas o imperativo. Gostamos dessa forma verbal. o Gerúndio é apenas para ver o tempo passar. Sentiu que ele passou? Se não ,use mais o gerúndio . Mas cuidado com qual tempo verbal você usa. Cuidado com os adjetivos colocados em cada frase falada. Cuidados com as virgulas ,os pontos finais, as exclamações. Se consideras a sua vida um texto, fique atento aos erros durante os parágrafos, durante as fases. Seja exigente para não fazer um "caminho de rato" e perceber isso só no final do texto. Não esqueça dos títulos e de guarda-los no seu coração. E por ultimo não esqueça de revisar. Isso revisar, para ver qual verbo mudar, e se o título merece ser dado a tal texto. Se há verdades ou se há apenas garranchos . Não seja tolo ao pensar que nada disso vale a pena. Porque vale. Só não esquece de jogar os rascunhos no lixo e muito menos de rasurar- se for preciso- pois é melhor fazer isso do que passar o corretivo e esquecer daquele erro que pode ser uma motivação pra você no futuro.

Portanto “faça”( imperativo opa ?!) a melhor redação. A melhor vida. O melhor humano. O melhor errante. Porque isso é ser um bom aluno é questionar e perguntar: Eu já vivi hoje?

Uma estrela, uma saudade..o tempo



Sou uma pessoa saudosista. Chorei vendo 2012 indo embora. Os fogos assumiram lembranças e pensamentos que foram embora junto com o colorido do céu. Vou sentir falta de você 2012, porque você me proporcionou ter um conhecimento mais abrangente sobre mim. Descobrir que nem uma metáfora me acalma e muito menos uma ironia sem causa. Conclui que sou vulnerável e paradoxa. Descobrir novos autores, novos amigos, novas escolhas. Descobrir que ter saudade também é bom, é saudável sincronizar o tempo , é só apertar o botão pausa, do lado esquerdo do seu coração.
Gosto de lembranças porque elas não sofrem metamorfoses e e nem muda de endereço. Elas são mais fieis do que eu , assumo. Eu mudo afinal. Mudo de roupa , de humor, de esmalte e de escolhas.
Um assertiva que tenho é que aprendizagem é algo que é infinito. A vida é tão rara como diz a musica de Lenine . O tempo não para como diz Cazuza. Mas temos o nosso próprio tempo, já dizia Renato russo .
Afinal viver , é aprender a ser. Ser humano.
De fato cada um sabe o que passou esse ano. E no intimo isso tudo é tão mais valioso. Valioso sim é ter uma vida que me faz escrever essas coisas prolixas enquanto deveria estar dormindo. Mas eu precisava me despedir de 2012 com um abraço e algumas palavras. Fazer isso é só olhar pro céu e pra dentro de você.
Sentir o ano de 365 dias passar em segundos diante de você, como um show. anunciando o seu epílogo. São momentos únicos esses. Pois é ali que o tempo me mostra que ele me venceu de novo.
Por isso gosto de ficar sozinha nesse momento. Para que ocorra uma possível exatidão. Um monólogo. Porque apesar de ainda ,existe aquela criança que tinha medo dos fogos de artifícios e de toda aquela bagunça de champanhe voando.
Superei esse medo, porque descobrir que a maior bagunça não é ali fora, naquele cenário, mas sim dentro de mim.
Diante a esse ambiente de mar, céu e cores eu me sinto impar. Me sinto assim desse jeito que não sei explicar. E gosto dessa coisa sem explicação. Todo esse sentimento interrogativo é culpa da minha saudade que se camuflou nos fogos de artifícios e acabou se perdendo por lá, virando uma estrela colorida, chamada 2012. Quando desejar lembra desse ano tenho duas escolhas: olhar para o céu ou pra mim mesmo.


E ai o que acharam ?
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sábado, 19 de janeiro de 2013

Entre “aspas” eu te encontrei





Te conheci numa livraria. Você estava lendo Machado de Assis, foliava paginas de Dom casmurro,enquanto eu estava ali, abaixada aos pés da prateleira , pegando um livro da Eça de Queiroz. Dou uma risada quando você do meu lado cheirou o livro. Já vi que ,não sou a única normal.
Começamos a conversar na fila apenas. Sabe aquela conversa ,descompromissada que começa citando a meteorologia e termina com discussões políticas. Mentira, termina com um discurso do ultimo episódio do Dexter.
Esse foi o começo de uma história desconhecida e anti- épica que nos restou.
Depois dali, do inicio, nos tornamos amigos. Comemos no Subway e íamos ao teatro. Descobrir que você não gostava de tumulto e ainda por cima tinha alergia a abacaxi. Logo abacaxi? Não vou poder dividir o meu suco de abacaxi com hortelã com você. Mas continuo te achando legal. Juro.
Três anos depois de amizades vi que, já não queria ser sua amiga. Enjoei de ser sua amiga. O produto “amigo ” venceu. Te vi de forma distorcida e opaca. Sem conotação eu confesso para mim , que estou apaixonada. E isto, é perigoso, adverte o meu coração, ou seria o meu cérebro?. Não quem adverte é o coração meu cérebro tirou férias em janeiro , infelizmente.
Ando dormindo tarde, acordo panda e ando mais ansiosa que a minha tia. Fui ao médico em busca de cura, mas acabou o estoque do remédio. É ,ficar apaixonada não deve ser tão ruim assim. Não quero ser sua amiga, queria dizer isso para você. Mas como sou ansiosa e fantasio as coisas prefiro não falar nada. Não agora.
Uma coisa que tenho que dizer, é que estou nervosa, nesse momento , estou tendo aqueles sintomas de mulheres apaixonadas e as borboletas já se proliferaram no meu estomago. Isso, só porque você está sentado no meu sofá -com aquela blusa que eu adoro em você - comendo pipoca e segurando um livro do Caio Fernando de Abreu. E você já marcava uma página. Deveria ser a pagina 35..
Você deixou o seu vinho de lado e me olhou, quando sentei ao seu lado.
Ele pediu minha licença e falou que iria ler uma crônica do Tio caio , e disse que eu iria acompanha-lo na leitura. Achei meio bizarro isso, mais aceitei. Senti medo pela primeira vez em gaguejar numa leitura.
Começamos a ler paragrafo curtos e lentos cheios de metáforas. Mentira eu inventei isso . Começamos a ler ,é o que você precisa saber. Ultrapassamos as virgulas . Fomos da exclamação ao ponto final. E até agora eu tinha controlado o meu nervosismo, sorte minha . Ele estava lendo com uma interpretação charmosa e engraçada, com algumas pausas desnecessárias, será que ele também estava nervoso?
Ele conseguia dar vida ao personagem. Isso eu tinha que admitir.Ou pelo menos dava a vida ao meu sorriso ,que as vezes se escondia entre as palavras.
Quando chegou ao final ,o seu personagem falava umas coisas sinceras. Tinha haver com esse tema clichê de amor marítimo. Lembrei que já havia lido aquela crônica e tinha adorado , talvez pela simplicidade, talvez porque estava muito visceral ultimamente. Não sei .Sei que ele estava lendo aquela crônica para mim no sentido denotativo.isto é.,ele está lendo a quem do personagem , ele roubou aquelas palavras para me dar de presente .Mas porque? Ou será que eu apenas estou fantasiando um final feliz para nós dois? Enquanto penso isso as palavras prosseguia...
ele lia”..
-”Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar. “

-bonito esse final. Temos que fazer isso mas vezes. Tio Caio fala coisas tão bonitas e..

-Quem disse.... fui eu sua boba. Disse porque eu estou apaixonado por você . E preferi usar aspas para dizer . É Atrás delas que as vezes eu me escondo e fujo . Mas cansei de fugir do amor. Quero ir atrás dele nesse barco , você quer ir comigo?

-Quero , só vou ter que levar remédios de enjoos..


Rimos e nos beijamos. Como um fim nada épico e muito menos dramático. Mas cheios de reticências em formato de coração....

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Devaneios de uma mente perdida




Não sei como eu fui para aqui. Nesse status desconhecido e inóspito .Vejo o sol pela janela e lembro de como uma rotina pode ser chata. Vejo os pássaros contornando o seu fluxo. Vejo personagens nascendo de nuvens. Vejo pessoas andando com suas máscaras. E por fim me deparo sentada aqui. Bem aqui! Do lado da minha janela com um bloco de papel. Sem dúvida o que está lá fora é tão mas bonito, é colorido. Não é um papel branco e liso, como este que seguro.
Esse colorido restringe cores. Suas texturas são obscuras e frias. Obra chamada: mundo
Ainda que o mundo assuma um colorido contraditório. Isto é, suas formas são moldadas com tons escuros da maldade, um toque iluminado da mentira e um risco da hipocrisia. São tempos de guerras construídos por certos escultores denominados, hoje como seres humanos.
São tempos esses ,que a moral se confunde com as incertezas. O medo é retraído pela coragem. A visão já se tornara cegueira. As hipérboles já se tornaram pequenas e as metáforas ?.. ahh as metáforas se perderam pelo caminho, enquanto o meu coração se tornou somente um coração sem entendimento diante da janela do meu quarto.
Ao passo que minha cabeça está cheias de rabiscos e o meu bloco está vazio. Um vazio que já é alguma coisa. É um silêncio para um mundo barulhento. Um silêncio que não atingi o papel, atinge apenas a minha caneta sem tinta e fuleca. Porque eu não escrevi nada disso. Eu só pensei.