novo map

PaLaVrAs De ChUvA Image Map

sábado, 23 de novembro de 2013

Encontrei uma direção, um leme, um amor




Estou de frente pra você. É você está lindo, mesmo com todo esse aspecto. nervoso. A felicidade acaba de palpitar no meu sistema nervoso. Meu cérebro acha que é o coração. E o meu coração já não sabe nem disfarçar, já disse para ele parar de pular que nem criança quando te ver.. Desobediente ele é ,não consegue ser discreto.
Como em uma coreografia, todos já parecem estar nos seus lugares. Meu pai do meu lado. Você na frente. E muitas pessoas no extremo. Vai ser tudo perfeito . não vai? você prometeu. Vai ser a dança mais linda. Afinal tem a trilha sonora escolhida por nós.
To nervosa. E você como está? calma já ,já chego ai ,do seu lado.
Como " o oi tudo bem ! virou quer casar comigo? Hoje aquelas pessoas que eram desconhecidas selam um matrimonio. uma aliança. Uma parceria. O arroz e o feijão., o esmalte e acetona, eu e você. Nós.
Entre sorrisos e algumas lágrimas eu me lembro do inicio. Afinal no "fim" a gente acaba pensando no inicio. Como uma simetria sem causa.
As rosas vermelhas na qual seguro me lembra da toalha de natal que a sua avó colocou . Se lembra do jantar que ela fez na primeira vez que você me levou lá? Estava chovendo muito e você fez questão que eu fosse. Mal sabia que já era um plano tramado. Eu iria dormi lá. E ficamos a noite toda na varanda sentados , escutando a sua vó dizer do truque que foi, ela conquistar o seu avô.
Entre esses devaneios de pré esposa, eu percebo que estou chegando
E o coração começa a dançar loucamente. As mãos tremem. E eu sorrio. Você beija a minha mão. Olha o meu pai com aquela cara de responsável, todo fofo. e por fim sorri pra mim. Me sinto leve e feliz. me sinto transbordada e corajosa. Finalmente encontrei a metade do maracujá para a minha metade da laranja. Encontrei um tesouro e não mais um romance plagiário do passado. Encontrei um futuro. Encontrei o leme do meu barco. Encontrei você

É em amor ou em goles de café?





Como você mede um ano de vida? Como você mede? Em centímetros ?Em notas? Em versos? copos de café? gotas de chuvas?
Em sorrisos . Ou em Amor?
Você mede
em equilíbrio
sem perder a dose
sem errar
sem viver
sem amar
sem perder a rima
você vive
para mediar o sim
E acaba perdendo a dose
porque a quantidade é irregulada, ou porque você não gosta de matemática?
Como você mede a vida?
Em perguntas? pelas lições que se aprendeu ? Por lembranças? Por tropeços

E agora, José?
Não sei terminar
esse devaneio
sem responder
É em amor? Ou em goles de café?
Como se mede a vida?
em Fahrenheit? Celsius ?ou em pressão atmosférica?
Em nada disso versos estranhos!!!

Meça em amor é mais fácil
é mais digno e
tem menos letras.
Pode ser clichê ou falacioso isso,
mas essa é a melhor resposta que eu encontrei para saber que a minha vida,
não é sublime ao tempo , e nem a medições que restringe a vida.
É muito mais do que qualquer formulação de pensamento.
Ela apenas são algumas interseções e somas que tenho que aprender a fazer.




Um dia ele se acostuma




Essa é uma linguagem que desconheço.
É um piso de vidro , já rachado pelo vento
Uma espécie de tempestade silenciosa
uma nostálgica sensação que veio pela manhã
Manhã nefasta essa, que esquece de dar Bom dia
o dia só começou pra mim. Não porque sofro de insônia.
Mas porque acordei em meio atalhos e porventura achei que seria legal
me despir de mim mesma e dizer que não estou disposta a esquecer.
O acontecimento de ontem
antes daquele vinho derramado no sofá branco.
Antes da ultima frase e do ultimo argumento.
Que já nem me lembro.
Só lembro que o vizinho reclamou.
E que eu pisei no rabo da sua gata.
É serio.
A lembrança nunca foi problema pra mim.
Não me lembro nem mais, se os seus olhos são azuis ou verdes.
Por chute eu diria que era preto.
Mas , não sei ao certo os meus olhos , tem uma retina defeituosa..
então não me culpe.
Culpe os meus olhos
que não viu que isso nunca iria dar certo.
Minha mãe , sempre me disse que eu tinha uma ótima visão.
Mas para frente descobrir que eu não sabia enxergar muito de perto.
Com esse argumento falacioso.
Peço que você saia da minha cabeça.
É fácil.
Acredite. Esquecer é só uma atenuação para tudo isso.
O próximo ato é o seu
Eu já sai do seu apartamento .
Falta você sair da minha cabeça.
Falta..
faz falta
mas não é saudade
é apelo.

com o tempo o coração se acostuma.

Ele se acostuma.

O que eu sinto é de propósito.



De proposito ao natural a minha fala diz que não tem medo de esperar.
Só tenho medo do tempo na escala contrária. Aquela desprovida dos nuances da trivialidade.
Espero que a lentidão faça parte do meu relógio. Que o ponteiro se cansa , e do nada pare. Pare, pare pensar.
Espero não ser a errante da estrada. Não quero me preocupar tanto assim com que toque vou colocar no meu celular. E nem com o latino canino, do apartamento 301.
Eu , só quero um café de esquina. Pode ser uma confeitaria, um bistrô, ou até no bar Zeca. Meu desejo, é sentir , para não me acostumar. Só isso .É pensar que o choro , limpa. E que a risada pode ser falsa. Sem paradoxo para essa frase. E por favor, sem maniqueísmo para um pobre ser humano proveniente de normalidade.
Sem extremos eu digo que quero menos fardos. Quero um olhar sensível e um coração filtrado.
Quero muitas coisas. Mas são poucas coisas que vale o tamanho vazio que é a minha cabeça. Não sou feita de virtudes e por isso não digo o que vem na minha cabeça. Digo o estranho. Deixo as palavras soltas no limbo, em efeito de dicionários. E depois falo.
Estranhamente eu sei que sou.
Sei que , o que existe em mim ainda é segredo.
È segredo porque não sei andar ainda, sem olhar para atrás . O meu passado longínquo não encontrou o seu lugar. Continua presente , perdido no meio da saudade das fotos velhas, em meio de traças e sujeiras.
A nobreza da lembrança é tão importante que precisa ser registrada em fotos. Um monumento inquestionável.
Não sei para que. Acho que fotos sofrem de solidão. E por isso precisam de nós. Pobres humanos.
Digo que a minha lembrança a paisana é preguiçosa e não quer se lembrar de certas coisas. Ok?
Por isso, devaneios estranhos que aproveitam a presença da minha fraqueza humana e vem me visitar. Digo lembranças , vão dormir. Me deixam aqui sozinha.
Espero não estar parecendo maluca.
Não é tensão pré menstrual.
São pensamentos.
Que estão latentes e rebeldes, necessitando de uma dipirona.
Eu sei, que isso está longe de um pesadelo
Isto está perto de mim.
Ou perto do sujeito indeterminado hipócrita que fui.
As fotos , já não recordam. Mas corta.
Porque?

É injusto dizer o que você é



Você é algo que ao terminar essa frase já se transfigurou em outra coisa.
Algo maior. Com certeza.
Deve ser por isso que as pessoas falam que eu estou diferente.
Será que sentir algo por você. esteja atrelado à algo metafísico, a ponto de eu ter sonhos estranhos e sorri sozinha no meio da rua?
Eu sei que pensar em você é meio óbvio, até porque eu gosto de você.
E de fato , já gostei de muitas pessoas. Já gostei de gente que tem nariz grande, de gente que tem miopia, de gente que sabe cozinhar. Mas nunca gostei de gente que nem você. Confesso, pra mim , que esse seu estilo à paisana e sua voz me conquistou. Não que você cante. Na verdade você canta mau a beça.
Prefiro a sua voz mansa no meu ouvido. Prefiro você do meu lado e não longe.
Gosto do seu cheiro. E da forma que você pisca os olhos quando está com sono.
È injusto dizer o que você é.
Talvez porque nunca fui boa em gostar de ninguém. Na verdade nunca fui boa em dizer o que sinto. Não diante de uma folha em branco. Sempre fui boa com o silencio.
Mas , logo veio você quebrar o silêncio que eu vivia.
Acho que quebrei tanto o coração, para que um dia ele pudesse se encaixar ao seu.
Porque eu sei que o qual querido você é. Sei que tem outras amantes e pessoas queridas ai nesse coração de manteiga. Mas cheguei a tempo de pegar um lugarzinho.
Sorte a minha ter te conhecido alguém que goste mais de Kafka que eu.
Sorte a minha, não vou morrer sozinha com os meus gatos.
Sorte sua, eu ter conseguido escrever até agora.
E você sempre dizendo que eu não sei ser fofa. Mas fazer o que?
Depois de tantas cartas fofas , que você já fez, fazer uma pra você , me parece justo.
Apesar de tudo. Eu ainda sou a mesma. Aquela que você escolheu , para viver ao seu lado. Apesar de achar que você estava bêbado ao fazer isso.

Por fim, as palavras somem e pegar os lugares das lagrimas , mas eu ainda digo é muito bom estar ao seu lado.
É aconchegante.
É um ato de amor, descompassado e irregular à ponto de ter medo de te perder. Não perder você para outra pessoa. Mas perder você para a vida.
Com tudo isso, você pode dormir feliz hoje, pois a sua namorada soube ser romântica,só pra fazer você sorrir.
E quer saber ,dizer isso pra você , foi mais que bom.
Apesar de ser injusto dizer o que você é.
Eu digo.
E grito. Nem que seja no meu silêncio.
Digo que você é a minha melhor sintonia. Minha melhor frase . Meu melhor amigo.
Preciso dizer que te amo?
Ou você já se convenceu. Escrever que amo você é só uma frase pequena. A parte semântica de tudo isso , daria um livro.








Mais uma



Ela era apenas mais uma naquele lugar. Mais uma na lista telefônica, mais uma em meio de multidão. Ela gostava de usar a primeira pessoa do singular para se conhecer e não porque ela era egoísta. Gostava da terceira pessoa,só para não aceitar o fato de gostar tanto da segunda.
Tinha repúdio dos plurais porque tinha inveja da sua extroversão.
Não gostava de acentos, devido ao fato, deles serem sozinhos e tão dependentes das letras. Ou seria o contrário?
Mas algo, que gostava muito era de pontos. Seja ele qual for, a necessidade de usa-los era evidente.
E isso é culpa da sua insegurança. Afinal, o ponto era sinônimo de mudança prematura, quer dizer que se recuperaria, logo. Ficar com saudades da frase anterior, não iria acontecer. Sem chances de nostalgia e lirismo. Sem apegos, sem apelos. Sem. Ponto final.
Ela era apenas mais uma que não sabia usar os termos certos. Não sabia se o seu futuro era perfeito ou imperfeito.
Sabia que mais que perfeito era a facilidade dela de mentir.
Uma mentirinha aqui, outra, acolá, demonstrava que no lugar do seu coração , tinha mesmo, era uma interrogação.
Já disse. Ela era mais uma.
Mais uma oculta e destemida que respira, que polui, que ama, que desama.
Mais o pior defeito mesmo dela , era que ela não sabia FICAR. Eles sofriam. Pobres.
Ser nômade era o fardo que carregava.
Ela gostava mesmo era de não ser dependente de outros.
Ser errante concordava com o seu caráter singular e aventureiro, mas , ainda sim pouco corajoso.
Que sujeito pequeno para tantas descrições.
Ela era apenas mais uma.
Um.
Impar
que não encontrou o seu par.
E por isso, se contenta em buscar em frases , um certo escape, para sonhar e mentir.
Tornar outros sujeitos, somar outros adjetivos e brincar com artigos, até que não é tao ruim assim. Pensava ela.
Assim sua alternativa era criar para não se desligar do eu lirico, e assim poder desenhar frases para ver se encontra em um desses parágrafos uma RESPOSTA, para o seu coração interrogativo.
Ela espera que no futuro do presente ela encontre uma resposta e pare, finalmente de colocar tantos pontos por ai.
Afinal, tem uma hora que cansa procurar a resposta perfeita. Ela apenas quer uma resposta que caiba no seu coração e nas suas palavras.
Ela era apenas mais uma que queria um amor.
Ponto de exclamação.